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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Tecnologia inovadora da UTAD permite pedir ajuda em segundos


Enviar um pedido de socorro por telemóvel para uma central de emergência pode tornar-se mais fácil e mais rápido graças ao projecto “SOS Phone”, desenvolvido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Esta tecnologia inovadora, cuja apresentação pública foi no dia 2 de Julho no centro comercial Dolce Vita Douro, em Vila Real, consiste numa aplicação para smartphones que permite usar serviços de emergência sem recurso à voz e sem necessitar de realizar uma chamada telefónica.
De acordo com Benjamim Fonseca, professor do Departamento de Engenharias da UTAD que , em conjunto com o investigador Hugo Paredes e as alunas de Engenharia Biomédica Miriam Cabo e Tânia Pereira,  desenvolveu este software, a descrição de diversas ocorrências de emergência é muito simplificada com esta alternativa.
“O utilizador tem apenas que seleccionar com o dedo no ecrã táctil as várias opções relativas à situação que pretende descrever. Depois é gerada um SMS em código alfanumérico - mas que a aplicação torna legível para o utilizador – e enviada para a central de emergência, onde um software simples descodifica a mensagem e põe-na em linguagem corrente, para que o operador tenha logo acesso à situação reportada”, explicou ao «Ciência Hoje».
Trata-se de uma aplicação que possibilita um relato muito rápido do ocorrido e que evita, assim o longo questionário que habitualmente caracteriza a chamada telefónica para um serviço de emergência e que agrega à  descrição da situação as coordenadas de localização do utilizador, de forma a facilitar uma mais rápida assistência.
O protótipo desenvolvido pela UTAD, preparado inialmente apenas para ser utilizado no Windows Phone, mas que pode ser “facilmente adaptado para o iPhone ou para o sistema Android”, permite assim que todo o processo de pedido de ajuda possa ser concluído de forma muito rápida. Dependendo da situação a reportar,  poderá demorar entre alguns segundos e um ou dois minutos.
Benjamim Fonseca realçou que esta aplicação pode ser “particularmente útil para surdos”, visto que recorre apenas a pictografias que simbolizam os aspectos a relatar, mas também para “pessoas em estado de choque ou para idosos, que por vezes têm dificuldade em articular conversas e explicar as situações que pretendem descrever”.
Além disso, apresenta a mais-valia de ser sujeita a um registo do utilizador, para que o Sistema Nacional de Emergência saiba quem está a emitir o pedido de ajuda, “o que minimiza os falsos alarmes que muitas vezes ocorrem na linha do 112”, frisou o investigador da UTAD.
Para já, este sistema ainda não se encontra disponível para utilização pública, pois “tal vai depender das negociações encetadas com o Sistema Nacional de Emergência”, referiu Benjamim Fonseca, acrescentando que “este primeiro protótipo pretende apenas validar a sua aplicabilidade”. Contudo, durante o dia da sua apresentação, vão ser encenadas diversas situações de emergência por alunos da UTAD, sendo convidados os transeuntes a testarem a aplicação num telemóvel e a certificarem-se da sua utilidade.

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