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domingo, 5 de junho de 2011

Vírus informático contagia humano

Parece uma história de ficção científica, mas Mark Gasson, da Escola de Engenharia de Sistemas da Universidade de Reading (Berkshire, Reino Unido) garante que é o primeiro ser humano infectado com um vírus informático.

O investigador estava a realizar um trabalho sobre os riscos potenciais dos dispositivos implantavam e para tal, introduziu na mão um chip electrónico.

No entanto, o pequeno aparelho estava contaminado por um vírus, que poderia ter-se transmitido a outros sistemas electrónicos com que o cientista estava em contacto.
Assim, seria possível que no futuro, os dispositivos médicos como os pacemakers e outros implantes pudessem ser vulneráveis a ataques cibernéticos.

O engenheiro colocou o chip na mão há um ano para realizar a experiencia científica.

O widget é uma versão mais avançada dos chips de identificação usado para localizar animais perdidos ou nas etiquetas de segurança para evitar roubos em lojas.

O dispositivo estava programado para que o seu proprietário pudesse abrir as portas de segurança da universidade e desbloquear o telemóvel automaticamente. No entanto, de algum modo, o chip ficou infectado por um vírus informático − um erro que danificou o sistema principal de comunicação e que Gasson carrega no próprio corpo. O investigador acredita que o chip terá entrado em contacto com outros sistemas informáticos e o vírus transmitido.

Fora de controlo

 “Do mesmo modo, as pessoas com implantes médicos, após um ano, sentem-no como se fosse parte do seu corpo. Se é emocionante ser a primeira pessoa infectada por um vírus informático deste modo, também penso que é uma experiência que viola a minha privacidade porque o implante está intimamente ligado a mim. A situação está fora de controlo”, explica Gasson num comunicado dado a conhecer pela universidade britânica.

Segundo o investigador, à medida que a tecnologia implantável se vai desenvolvendo, também está mais sensível aos vírus informáticos. “A nossa investigação demonstra que é possível comunicar, armazenar e manipular dados nos implantes. Os benefícios deste tipo de tecnologia tem os seus riscos”, confessa o cientista.

O perigo é que alguém possa aceder a um destes aparelhos tecnológicos implantados e alterar a programação e utilizá-lo com fins não médicos, algo que, segundo Mark Gasson, deve ser tido em conta no futuro.

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