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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Elementos químicos com o número 114 e 116 descobertos, mas ainda sem nome

Físicos do Instituto Conjunto de Investigação Nuclear (JINR, Rússia) divulgaram oficialmente a sintetização dos elementos químicos mais pesados descobertos até agora, que poderão incluir-se na tabela periódica dos elementos, segundo informa a agência de notícias russa Novosti.
A União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) e a União Internacional de Física Pura e Aplicada (IUPAP) necessitaram de três anos para validar o êxito da sintetização dos dois elementos químicos com os números atómicos 114 e 116, realizada pela equipa do Instituto Dubna, perto de Moscovo. O trabalho foi feito em conjunto com o Laboratório Nacional Lawrence Livermore (Califórnia).
O elemento 114 tinha já sido sintetizado em Dezembro de 1998, através do bombardeamento do núcleo de plutónio com núcleo de cálcio (com, respectivamente, 94 e 20 protões). O elemento 116 foi sintetizado em Julho de 2000, bombardeando o núcleo de cúrio, com 96 protões, com o núcleo de cálcio.
Yuri Oganessian, o líder da equipa de investigação, informa que é necessário enviar agora os nomes dos elementos para aprovação por parte da IUPAC. “A comissão verifica se o nome é aceitável de acordo com as tradições de nomenclatura, em honra aos planetas, ao lugar onde foram descobertos ou em homenagem a grandes cientistas”, diz.
O investigador não revela que nome os cientistas russos vão propor, mas não descarta a hipótese de que um dos elementos possa homenagear o físico russo Georgy Flerov, que dirigiu o instituto na época em que se sintetizou o elemento 105, o dúbnio, em 1968. O nome do elemento 116 poderá ser um derivado de Muscovy, em honra à capital russa.

O JINR vai começar em breve experiências para a síntese do elemento 119. Isto, enquanto os cientistas continuam à procura da 'ilha da estabilidade', ou seja, da possibilidade de estes elementos transurânicos, artificiais, terem uma vida mais alargada.

Isto porque os elementos químicos mais pesados do que o urânio (número 92 na tabela periódica) não aparecem de forma natural na Terra. Estes dois elementos agora apresentados desintegram-se em menos de um segundo.

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