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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Novo sistema para recolha de ecopontos

As entidades gestoras de resíduos urbanos poderão utilizar uma nova tecnologia para evitar ecopontos a transbordar de lixo ou gastos em recolhas quando aqueles ainda estão vazios, uma solução nacional seleccionada para candidatar-se a um prémio europeu.

O projecto da empresa portuguesa SOMA ficou em segundo lugar no Prémio de Nacional de Inovação Ambiental 2011 (PNIA) que incentiva a inovação ambiental em Portugal e corresponde à primeira fase do European Environmental Press Award (EEP Award), a selecção local de candidatos ao prémio europeu.
Fernando Oliveira, do departamento de Investigação e Desenvolvimento da SOMA, explicou hoje à Lusa que o projecto, chamado de Sistema Wise Waste, "permite saber em tempo real qual o estado de enchimento dos ecopontos, preferencialmente os subterrâneos, e possibilitar que as viaturas que vão fazer a recolha só o façam de contentores cheios".

Actualmente, as viaturas param em todos os locais em que há ecopontos pois não há maneira de detectar se estão cheios ou não, estando assim a "consumir combustíveis e tempo, a poluir o ambiente" e a multiplicar o trabalho, explicou Fernando Oliveira.

Através de uma sonda, o sistema de monitorização "permite saber online qual o nível de enchimento e a viatura leva uma rota dinâmica" já que a tecnologia "projecta uma rota e a viatura só para nos ecopontos que estiverem com o estado cheio", especificou.

Solução para autarquias

O responsável defendeu que esta solução pode ser mais importante para autarquias que não têm uma cadência de produção de resíduos regular e deu o exemplo do Algarve, que no verão tem uma população muito maior que no resto do ano.

A poupança obtida "depende muito da escala", mas um dos casos estudados pela SOMA, com três mil "ilhas" ecológicas, concluiu que "há uma redução de custos de cerca de 38 por cento o que dá um pay back [retorno do investimento] de cerca de um ano e meio", avançou Fernando Oliveira.

Numa primeira fase, a sonda vai ser utilizada em contentores subterrâneos, mas o objectivo é estender esta possibilidade a todos os ecopontos, através de uma sonda sem fios, explicou ainda.

Os três projectos distinguidos pelo Prémio, que é uma iniciativa da Indústria e Ambiente e conta com o apoio da Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente (APEA), foram conhecidos na sexta-feira e o primeiro lugar foi para a Waynergy, um sistema que permite captar a energia cinética libertada pelo movimento de pessoas e veículos e convertê-la em energia eléctrica.

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