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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tecnologia inteligente ao serviço da limpeza urbana


A acumulação de resíduos sólidos ("lixo") é uma responsabilidade exclusiva do ser humano. O excesso exigiu que surgissem organismos que fizessem uma recolha diária e, com isto, foram consequentemente surgindo outras soluções, como a sugestão de uma separação organizada para a possível reutilização, de forma a reduzir a necessidade de extracção de matérias-primas directamente da natureza.

A cada nova solução implementada, com o tempo, a demanda torna-se mais exigente e surgem outras necessidades – a redução de custos, tempo e energia é sempre bem-vinda. Foi neste contexto, que a SOMA – empresa do grupo Auto Sueco que se dedica, desde 1983, à fabricação de equipamentos dirigidos à limpeza urbana e ambiente – desenvolveu um sistema de gestão operacional que visa a monitorização remota do nível de enchimento de contentores de resíduos sólidos.
O Wisewaste já foi reconhecido a nível nacional e internacional, acumulando os prémios de inovação tecnológica na Ecofira Innovación 2011, em Valência, e o Nacional de Inovação Ambiental 2011.

Segundo Rui Gama, director executivo da SOMA, explicou, “é uma ferramenta que complementa a actividade de recolha de forma eficiente, mas a distinção deve-se essencialmente pelo módulo que controla o nível de enchimento e acaba por permitir às empresas optimizar circuitos estáticos”. A tecnologia ainda não foi implementada, mas já existe um protótipo e uma das primeiras regiões a recebê-lo será possivelmente o Algarve. 
“Além de permitir uma elevada economia de combustível e um elevado incremento na qualidade do serviço, garante a inexistência de contentores “a transbordar”, com o consequente impacto visual e de higiene pública”, acrescentou.

No entanto, o sistema de gestão operacional – a comunicação entre o veículo e a central de monitorização – já está implementado. O módulo apenas está em protótipo e em teste para analisar e “mostrar os ganhos efectivos”, que se traduzem em “rotas dinâmicas evitando deslocações para recolha de contentores pouco cheios; evitar a frequente acumulação de resíduos junto dos contentores e caracterizar a quantidade de resíduos produzidos por localidade”.

O nível de enchimento é medido segundo aquilo que se pretender, por exemplo 75 por cento e a partir daí a rota é mapeada e os veículos só pararão nos pontos que necessitem recolha. “Isso é um ganho astronómico”, sustentou ainda o director executivo da empresa que afiança o projecto (embora colabore com outros parceiros).

O ciclo da operação pode demorar menos tempo e menos viaturas para fazer o mesmo trabalho e inerente a essa operação estará a necessidade de recorrer a menos pessoas e combustível.

A tecnologia

O dispositivo permite visualizar através de mapas vectoriais ou satélite o nível de enchimento de cada contentor enterrado e qual o seu resíduo. A tecnologia é constituída por uma sonda ligada por cablagem eléctrica a cada contentor. “O servidor define de quanto em quanto tempo se pretende “acordar” o sistema, por via GPRS, enviando a informação para uma central. Aqui, a leitura é referenciada segundo alertas simbólicos, por telemetria”, continuou.

É possível configurar o nível de enchimento que deve motivar uma recolha bem como o tipo de relatórios e fichas de trabalho. Os benefícios são evidentes: optimizar rondas, evitando deslocações para recolha de contentores pouco cheios; evitar a frequente acumulação de resíduos junto dos contentores e caracterizar a quantidade de resíduos produzidos por localidade.

A tecnologia vem complementar o sistema de gestão de frota da Soma, permitindo aos meios afectos, um planeamento dinâmico das recolhas de contentores, de forma a evitar que os veículos se dirijam a pontos que ainda estão longe do seu nível máximo. Permite uma elevada economia de combustível e um elevado incremento na qualidade do serviço, garantindo a inexistência de contentores “a transbordar”, com o consequente impacto visual e garantir a higiene pública.

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